sábado, 25 de abril de 2009

Da mídia de discurso para a mídia de ação

O sucesso de uma empresa depende em grande parte da maneira como sua marca se apresenta para o consumidor. De nada adianta o melhor produto se as pessoas não sabem que ele existe. Gerir os pontos de contato com esse consumidor é lançar mão, de certa forma, do melhor número possível de ações que uma marca tem de se apresentar em público.

Poderíamos dizer, naturalmente, que toda forma de aparecimento é um contato em potencial, e daí esforços singelos da empresa contribuem para a imagem que se tem dela, como: atendimento ao cliente, tira-dúvidas por telefone, o modo de dirigir do motorista da empresa que faz entregas, a arquitetura do prédio sede da empresa e até mesmo a loja onde se adquire o produto. Estamos falando aqui de como a empresa se comporta no seu todo, e para isso o branding tem dado um suporte inestimável.

Mas além dessa parte ‘empresa’, é necessário pensar na parte ‘marca’, o lado menos prático e em que se estabelece a maior parte das relações de envolvimento com o consumidor. E aqui estamos falando de um gestor capaz de diferenciar as funções da mídia das funções do canal e entender que a primeira deve ter, como objetivo máximo, a segunda. Por excelência, a mídia deve catalisar o caminho entre o público e o produto.

Se antigamente íamos atrás do mix de mídia, os novos tempos nos apresentam a transmídia. Pelo primeiro se pode pensar numa teia em que cada meio tem sua responsabilidade em revelar uma faceta da marca – e que todas elas, juntas, fazem transparecer sua totalidade. Pela segunda, é possível não só constituir o paradigma da marca, mas principalmente fazer o consumidor vivenciá-la, experimentando-a por meio das interações trazidas pelas novas plataformas.

O que era só discurso passa a ser atitude. A marca deixa de só falar para fazer o que pensa. O indivíduo deixa de só ouvir e passa a interferir, fazendo parte de uma dinâmica toda passível de transformações, de acordo com as intervenções alheias. Cabe ao profissional enxergar muito bem as funções de cada etapa do ciclo de contato, mas nunca deixar de fundi-las e fazer com que se complementem para que, como uma onda, façam o indivíduo surfar, ainda que por conta própria, da mídia para o canal, o ponto em que marca e consumidor, finalmente, se encontram face a face.

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