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terça-feira, 21 de abril de 2009

Marketing de Turismo no Brasil

Já que abri este blog com Fernando de Noronha, quero filosofar um pouco a respeito de passeios pelo Brasil.

Creio eu que o turismo é uma atividade bem interessante para os estudiosos da psicologia. Diversas são as manifestações e os comportamentos das pessoas quando estão fora de casa, a passeio com a família, dentro ou fora do seu próprio país.

Estava vendo hoje uma reportagem de 2006 da Reuters na msnbc segundo a qual os japoneses entravam em crise quando conheciam Paris, em França. Para eles, os franceses eram sinal de elegância e sofisticação. Quando pisam em Paris e deparam com pessoas normais, alguns até pocketpickers, levam um choque de realidade e acabam indo pro hospital, a receber tratamento psicológico, quando não tinham que ser deportados de volta ao Japão pela própria Embaixada.

Acho certo exagero nisso tudo, mas não devemos julgar a maneira por meio da qual cada um enxerga as coisas. Mais produtivo é analisar como um país pode se dar bem com o turismo, ou filosofar como um país extremamente rico como a França ganha muito dinheiro não só com sua economia já bem abonada (PIB per capita de US$ 42 mil, algo como o dobro de Portugal ou 6 vezes maior que o do Brasil), mas, ainda por cima, com um monte de gente que lhe visita o ano todo.

E aí você pensa no Brasil, economia bem mais pobre, ao mesmo tempo gigante e lindo em paisagens, e fica se perguntando como é que a gente não consegue aumentar nosso PIB graças a essa tão fascinante atividade econômica que é o turismo.

Repare a diferença: o Brasil inteiro recebe por ano cerca de 5 milhões de turistas. 5 milhões ao todo, o que quer dizer que entram nessa lista os que vêm a passeio a qualquer praia nordestina, as Brigittes Bardots que pousam em Búzios, e qualquer outro que venha a negócios, geralmente a São Paulo. Enquanto isso, Paris, sozinha, apenas a cidade, recebe cerca de 26 milhões de turistas. Apenas uma cidade na Europa recebe mais de 5 vezes mais a quantidade de turistas que todos os mais de 8 milhões de quilômetros quadrados do Brasil. O que é pior, ao contrário do que poderiam imaginar, a grande maioria são turistas de negócios: cerca de 3,2 milhões, ao invés de virem pra aproveitar as belas praias e a famosa hospitalidade, vêm pra São Paulo, onde ficam de 2ª a 6ª feiras, geralmente, sem conhecer o país de verdade. Ou seja, poucos, raros são os estrangeiros que vêm sentir na pele o que é realmente ser brasileiro.

O turismo é a atividade econômica que mais sofre com o terceiromundismo do Brasil. Só temos alguns turistas passeando por aqui porque graças a Deus temos praias. Graças a Deus temos belas paisagens; graças a Deus temos sol e calor – coisa que gringo adora. O Brasil só tem turista graças a Deus. Porque graças ao homem mesmo, o turismo não tem nada para se alavancar.

Repare que enquanto aqui o turista vem à procura da natureza, pródiga e incontestável, os países com a maior quantidade de turistas são os que têm alguma coisa humana pra oferecer. Números e fatos mostram exatamente isso: o turismo é vertiginoso não necessariamente quando é obra da natureza, mas quando o lugar se torna interessante pela quantidade de obras e atividades que ele oferece.

Há alguma coisa fruto da natureza em Paris? Há praias lá? Há florestas urbanas em Paris? Não. Há uma torre de metal, aberta, com vento frio no seu cume até no verão, e no entanto as filas não param nos 365 dias do ano. E há também riqueza, lojas, teatro, perfumes como obras de arte, restaurantes 5 estrelas, a língua do charme. Nada disso é obra da natureza; tudo isso é conquista humana, é personalidade que só aquele lugar tem, uma marca típica daquela cidade, e assim Paris se faz única no mundo. Ainda que belas, as praias do Brasil não são exclusivas – você pode surfar muito bem no Havaí; e nas praias européias encontrar mulheres de topless, o que é bem comum... Mas é só falar Paris e vêm a sua mente coisas que só podiam ser frutos de Paris – e nenhum outro lugar.

O turismo é, assim, uma atividade pós-econômica. É algo que acontece apenas depois que o lugar descobriu seu talento, sabe fazer sua(s) marca(s), acrescenta algum aprendizado ou uma maneira de ver as coisas a seu modo, contribui para a humanidade uma visão humana que só ali, naquela temperatura, naquelas condições, envolta por aquela arquitetura, poderia vingar.

Daí que não é exagero dizer que 5 milhões de turistas para o Brasil é um bom número. Acho um excelente número para um país que não ofereceu ao mundo seu jeito de ser, não mostrou a contribuição de como é o mundo aos olhos brasileiros – coisa que não é contrária à globalização, mas, ao invés disso, complementa-a. Se pensar que 2 milhões vêm para apenas freqüentar praia – coisa que se acha em muitos outros países, mais perto inclusive do que o Brasil –, temos até uma generosa quantia de visitantes.

O que é preciso mesmo é olhar o outro lado. Não fiquemos deitados em berço esplêndido achando que isso basta. Façamos nossa característica, mostremos como pensamos, construamos nossa arquitetura única diante do mundo. O Cristo Redentor é a imagem do país lá fora; taí prova suficiente do que chama a atenção. As pessoas pagam para visitar um monumento de fama mundial como o Cristo Redentor. Por que São Paulo não tem o seu monumento? Não adianta só construir uma ponte estaiada, porque lá não há lugar para turista ficar. Não adianta só o Copan, porque turista não mora, visita. São Paulo tem a obrigação de construir sua Torre Eiffel, sua Estátua da Liberdade, de preferência algo com significado histórico, ou com uma imponência característica de toda grande nação. Turismo vive de imponência, porque o visitante quer ser impactado – de outra forma, pra que sair do próprio país?

Essa história de monumento atrair turista é muito verdadeira. Parece que as pessoas fazem questão de ver com os próprios olhos o que estão cansadas de ver pela TV ou em livros. Pra sair da Torre Eiffel e passar longe do Big Ben, vamos falar do Monte Rushmore, em Keystone, estado de Dakota do Sul, nos EUA - o monumento com os bustos de 4 presidentes históricos (George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln). Aquele estado tem praticamente apenas isso para ver, apenas isso para fazer de turismo, e no entanto as visitações chegam a picos de 3 milhões de pessoas nos verões de anos sem crise. Sim, você também faria um desvio no seu roteiro para ver essas pedras desenhadas mundialmente conhecidas. E pagaria por isso o preço que cobram para entrar no parque, qualquer que fosse ele. Repare: 3 milhões de visitantes; mais do que o número de gringos nas nossas praias...


O que importa não é a natureza, e sim as manifestações humanas. Mas essas manifestações humanas só acontecem se há uma população instruída, com formação suficiente para pensar, filosofar, propor, construir um estilo próprio. O turismo crescerá mesmo quando o país estiver na outra ponta, não a da praia, mas a das intervenções humanas. Acho que o próximo passo depois da estabilidade econômica seria trocar o Ministério da Economia pelo Ministério do Desenvolvimento Sócio-econômico. O primeiro cuida dos números, do curto prazo, dos índices, parecido com o caráter especulativo da bolsa de valores. O segundo cuidaria com proficiência do compromisso de reverter em formação ao brasileiro todas as conquistas da moeda forte. A partir daí floresce o brasileiro, construindo sua contribuição para atrair o mundo, e floresce o turismo, com atividades mais do que suficientes para um turista ficar aqui curtindo não só os corpinhos da praia, mas também o conteúdo país adentro.


quinta-feira, 16 de abril de 2009

The Biology of brands, or the enterprises’ evolution

From the Biology we learn that “every vertebrate is chordate but not every chordate is vertebrate”. Classrooms’ singalong to make us remind it, which is proved to have succeeded otherwise it wouldn’t be in my mind on my 30’s.

Actually this is useful not only to the living creature but also to enterprises. For them, let’s agree, we have to make a bit of adaptation but the essence remains and should take seriously into account by any marketing professional:

“Every brand has a company behind it but not every company has a brand on its fore.”

It surprises me that still today, XXI century, consumer plugged in the most elegant ways of the brands approaching, we can though see companies whose brands just subsist. It’s generally about companies somehow related to or coming from the tech world, or whose main members are engineering bachelors who end up leaving to the latest step the concern of dealing with their target audience. Nothing against engineers, let's let it clear. Without them we couldn’t enjoy the greatest products’ inventions that get to us and that are able to even change our way to connect to each other, behave, think, live...

It is exactly this usage mind that lacks to some firms. They get focused absolutely on the technology or on their products’ high quality as it were quite enough to grab what’s on the other side of the bridge, the consumer.

There ought to be some reason for it. Some will say that Apple – always Apple – has never sought an impactful path to talk to consumers. They will rather say all Apple has taken into account is the innovative methods to do its products – and voilà, it is the consumers that are, on the contrary, going after it.

By opposed to the 50’s consumer, the nowadays’ will follow your company or your product just if you are able not precisely to innovate but instead to revolutionize a habit. The Apple’s success that we can see comes ultimately from 2 things: the minimal complexity to use its products; and the maximum design that wrap them up. It is about a top model's beauty outside with an Einstein intelligence inside, enough to make any entry user deal quite easily with the machine and not remember at all about the oldish, complicated 70’s thereof. Apple products’ attraction is so evident that indeed is needless of comments, needless of communication, needless of getting closer to the other side of the bridge, as it naturally gets to make the other side move towards itself.

The fact is that one can’t find around a company able to revolutionize its category all of a sudden. Million are the companies whose products are too similar with the competitors’. If you’ve got a revolutionary product, throw this text away. But I guess you sell something sold also by someone else, pursuing the same quality, the same features. This is the moment the firm cannot waste time by focusing only on the product; there’s need to resort to tools that somehow show the consumer that its product has something able to make all the difference. The difference is in its majority subjective, when not subtle, but necessarily comes from the parallel stuffs fencing the product, such as client service, sales methods, firm’s values, firm’s personality, firm’s brand.

By counting only on the product quality your firm will get too limited when it comes to grabbing the audience. Building a brand, by preferably using the always careful brand architecture tool, broadens this dimension by making the audience realize that, besides a tangible product, they are also acquiring a certain style of thinking, of positioning, a language that matches them. Whereas the product gives the material offer, the brand gives the offer of value.
It’s pitiful to see the most high tech products having a communication not proportional to them. It’s not even communication by the way: what they do is to inform, not to communicate. Informing is to say what is available by what price up to when. Communicating is to drop a hint about the product’s usage so that you have a clear benefit able to be identified by anyone. Have you ever notice throttling, small-brand companies don’t almost come along and, when they do they just inform rather than talk to their audience? It’s not worth being good if people don’t know you – something valid both for a professional and a company...

As the Biology entitles this little thought, may everybody notice the brand is the evolution of the enterprise, the species that survive thanks to their products’ sales, we do know it, but their products’ sales, as surrounded by too many similar, will just happen nowadays if besides the offer of price can the audience realize the offer of personality. Instead of consuming by the material need, people do it by the need of figuring out and recognizing their own style, their own brand, on another’s brand.